Por MAGNO HOLANDA
Era uma vez...
...quando de repente a professora proclama seu nome, Kelly. Acordou-me de meu profundo sono das tardes quentes de uma sala de aula em escolas públicas. Os olhos enfadonhos procuravam por ela..., de canto a canto daquela sala amarela.
Todas as tardes eram
formadas por momentos encantatórios, por expectativas, numa turma mágica, como nunca antes. Havia
naquela sala um movimento de poesia, fantasia e magia que não havia em outra da
escola. Todas as tardes encontra-la, kelly, era sentir o sol surgir, mesmo
quando ele não aparecia.
... lá estava ela,
ao lado de sua amiga e de seus amigos e, eu ali distante, amante daqueles óculos
fundo de garrafa, daquela pele morena..., daquele corpo magro, sem malícia e nem
sensualidade. E amava até seus poros.
Aos poucos aquela
menina simples e magra ia seduzindo meus amigos. E eu ia sempre os ajudando a
conquistá-la, pois não me atrevia a contar o que sentia por ela. Tomei coragem um dia e com um pseudônimo, enviava-lhes recadinhos no papelão de uma
caixa de fósforos. Ah, como era um bobo encanto de rir-se de si mesmo! Eu havia
passado séculos maquinando coisas em estado de auto-hipnose, transcendente...
bobo!
Jogar baleada ao seu
lado na educação física era simplesmente para ser baleado por ela, bobo,
encantado e privilegiado, como se tivéssemos nascido para nos amar,,,,, como se
já viéssemos de outras vidas, sempre nos amando.
Para minha felicidade, e sofrimento, ela nunca faltava. Estava sempre lá com aquele mesmo shortinho marrom, com faixas brancas ao lado e, as pernas, ah, as pernas! Magras, nada sensuais, mais encantadoras....
Para minha felicidade, e sofrimento, ela nunca faltava. Estava sempre lá com aquele mesmo shortinho marrom, com faixas brancas ao lado e, as pernas, ah, as pernas! Magras, nada sensuais, mais encantadoras....
Até que um belo dia,
comecei a levá-la para casa e, em cada passo dado parecia estar experimentando
a eternidade. Abraçado com ela como se estivesse abraçando Deus, sentido o seu
cheiro como se estivesse respirando o cheiro do cosmos... inexplicável...
Meu nome? Help.
A vida ficou mais
triste quando o fim de ano chegou e não nos vimos mais, até que um belo dia de
São João, numa bela quadrilha, eu a vi. Tudo aquilo era poesia. Tudo tinha um
significado..., tudo tinha Deus. Suas palavras me estremeciam. Fora a última vez
que a vira..., sumira no vão do tempo.................. e eu nunca mais fui o
mesmo..., nunca mais amei da mesma maneira.
Depois de quinze
anos nos esbarramos numa esquina qualquer da cidade de Campina grande e...
houve no olhar uma lembrança do que poderia ter sido, mas não foi. Minhas
últimas palavras para seu olhar foi “eu te amo aos quinze anos de idade..., eu
te amo no tempo, num recorte da eternidade, sim, lá... ninguém tomará o teu
lugar. Naquele momento, eu e você estamos felizes, entre flores infantis,
juvenis, a cada passo dado ao seu lado. lá sempre te amarei”. HELP
Visite e siga a
nossa página no facebook
https://www.facebook.com/reflexoesdemagnoholanda
PIX: magno.holanda@hotmail.com
Sou escritor e produtor de conteúdo. Se gostou, faça a doação/pagamento do valor de 0,10 centavos por acesso. Se não gostou, é grátis.
Também pode ajudar compartilhando ou ainda clicando nos anúncios que há dentro do blog.
Nenhum comentário:
Postar um comentário