quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Conto: Risco de guerra
De repente olho para o céu e vejo, com o olhar de criança, uma aeronave de guerra, enorme, fantátisca.
Eu vi que eu estava vendo. Entende?
Eu parecia um fantasma adulto vendo eu-menino, criança impulsiva, olhando uma cena de uma possível guerra.
Eu pulava e gritava “Mãe, mamãe, vem ver, vem ver. Logo!”
Ao que me respondeu, minha “mãe”, que era minha esposa: Estou ocupada, menino!
-Vem logo, vai bater, vai cair.
O que menino?!
Um avião do Exército. Um passou pra lá, outro ia saindo das nuvens, parecia o Daileon saindo dentre as nuvens. Chegou a raspar naquele prédio, mas não estou vendo fumaça.
Ela foi-se lavar os pratos, enquanto eu falava pra mim: Ela não acredita n’agente.
Magno Holanda
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