Um casal no
medievo, que era o reflexo da própria felicidade, numa externação do que não
havia dentro,..., embora os leitores de si acreditassem profundamente que aquilo era manifestação pura ... de alma.
Vênus amava Virgílius como quem ama a Deus nos céus: não na intensidade, mas na distância
e comodismo. Enquanto ele a amava intensamente, mas de sua maneira desprezante,
ausente, tão perto e mais amante das letras do que dos amores.
Eros tentava
ajudá-los nessa busca e encontro de alguém presente. Ele estava mais presente
do que o presente Virgílius. Abraços consoladores iam e voltavam, mãos que apertavam e
acariciavam e lábios que roubavam e, ... obrigavam a honestidade e amizade de
Eros e Virgílius.
Vênus
mostrava-lhes as pernas lindas da geleira, depiladas e alvejadas, que excitavam
até mesmo os deuses..., mas não mais a Virgílius, que já as tinha consumado tanto e que agora transava com as letras. Até quando...?
Virgílius
estava muito encantado com o momento intelectual e espiritual que mergulhara e
num mar alto conseguia contemplar um luar apaixonado, enamorado e esclarecedor
de uma noite obscura..., que nem mesmo uma iluminação daquelas que sobrevinham à
mente de Einstein seria capaz de fazê-lo enxergar a secura dos Oásis de uma
mulher carente e alva.
Quando Zeus,
Poseidon e Thor começaram a brincar, a terra refletia suas risadas, raivas,
chuvas, tempestades e raios que quase matara a pobre Vênus que gritara com a
voz dos ventos e dos mares para que Virgílius fosse despertado de sua epopéia e
transcendesse para o mundo real dos mitos a fim de ajudá-la a permanecer viva.
Eros
colerizou-se e discutiu consigo mesmo. Numa encarnação indevida, obrigante,
delirante, invadiu o corpo de um belo trovador para tentar salvar sua Afrodite
na destruição do ser inocente no círculo quente da dança dos deuses imanentes e
transcendentes.
Danificado,
sonhado, flechado, fantasmado novamente, Eros sente ausente o papel que outrora
exercia, impelia, assumia numa obrigatoriedade beneficente, somente; num lançar
dos desejos dos órgãos, na união dos espaços encaixados e no sêmen reprodutor
de seus filhos. Agora parece que seu irmão gêmeo lançou de seu espelho um
batido cardíaco que clamava pelo nome de Afrodite, antiga amante que se
envolvera numa trama trainte, traindo traidora ..., nova identidade de um amor
deixado pra trás, Vênus, e que permaneceu vivo no coração do cupido
apaixonado..., fugindo agora do poder denunciador e intelectualizado de
virgílius que tirou seu nome de sua epopéia e, depois de derramar seu sêmen
entre as areias e as águas do mar num dia de vendaval, cuspiu e pisoteou num
ritual de contestação.
Enquanto isso, Eros e Vênus formavam-se um no penetrar e passear de seus dedos pelas curvas excitantes de uns seios desejantes e desejados e consumados...
Enquanto isso, Eros e Vênus formavam-se um no penetrar e passear de seus dedos pelas curvas excitantes de uns seios desejantes e desejados e consumados...
Magno
Holanda
Nenhum comentário:
Postar um comentário