sexta-feira, 9 de outubro de 2020

TRIBUTO à Rua Antônio de Brito Lira (Reminiscência poética)

 



Por MAGNO HOLANDA

 

Não sei onde nasci, mas posso sentir que ali surgi.

Não, não fisicamente, acho que em outro lugar ali perto, mas a alma parece que nasceu ali.

Foi lá que senti as primeiras e mais importantes emoções, tensões, solidões, vazios estomacais, crenças, descrenças, leituras, aventuras..., sonhos sonhados, esperança utópicas...


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Comida lá, sem sal, com sal sem comida. Papa de farinha, com margarina. Que delícia!? Garrafas de Tai, Crush, Baré... para trocar por pão.

Brinquedos improvisados, rolimãs, carroça de mão. Descíamos em sua pequena ladeira, enorme para nós crianças.

Ah, quando chovia, a rua tornava-se em rio. Era uma aventura! Depois da chuva, íamos brincar de corrida de barquinhos com semente de pé de peão.

Lá tinha futebol, no Maracanã, no Morumbi, na esquina de Neuza, na Ezequias Trajano. Lá tinha os gols de Neto na trave do muro de Seu Artur – Geládia, e nos jogos de time de ficha.

Lá tinha jogos de baralho, dominó todas as noites e madrugadas. Tinha crianças diversas e vizinhos sem dó.


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Lá tinha amigos sempre, de vez em quando e de uma única vez.

Lá tinha muita fofoca. Das mulheres? Não! Os homens dominavam essa arte feminina.

Lá todos eram divertidos: a velhinha Tida, o psicopata, os meninos de areia, as namoradinhas, o umbigo de laranja cravo... da outra Rua.

Lá tudo era magia, energia, brincadeira de criança, de adolescente, sem dente...

Lá tinha malhação, Airton Senna, pé de palmeira, asneira, esmola, as estudantes que estudavam, as alunas que por ali passavam como corredor para a escola Severino Cabral.

Por lá passavam vacas (Aliança), bois, bodes (seu Pelé), cachorros (Lobinha), gatos (Mil, Lorem, Xaninha), gaturões (sem penas), gaviões...

Por lá andavam crentes, macumbeiros e católicos (respeitosos)...

Sim, por lá, naquela pista, corriam Nelson Piquer, Airton Senna, Jean Alesi...

Por lá se ligava a grande Green Ville, sede do maior clube de pelada campinense, o Vila Nova.

Lá parecia muito treva, na minha casa, mas com muitos anjos nos ajudando – Dona Adalgisa, Seu Artur, Dona Maria...

Hoje ela chora a nossa ausência. Ela já não é feliz como fora outrora, quando nos via, sorrindo, brincando de “Que rei sou eu?”.

Lá até os postes de iluminação eram nossos amigos e participavam de nossas brincadeiras de esconde-esconde, polícia e ladrão. Quando não brincavam serviam de ponto de sinal de trânsito de bicicletas, como trave de futebol ou simplesmente eram nossos observadores contentes. Os postes da Rua Antônio de Brito Lira eram felizes.

Rua Antônio de Brito Lira, nem sei quem és (o teu nome), mas sou teu filho.

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Paraibano (Maranhão) ❤️

A história de Paraibano, começa no ano de 1920 com a chegada do paraibano Antônio Brito Lira acompanhado de 6 filhos, entre estes uma mulher, onde encontraram morando em uma cabana de palha, o maranhense José Fernandes, pobre e sozinho, que se dizia dono das terras. Após comprar a propriedade de Fernandes, Antônio Brito juntamente com seus filhos, trabalhou muito na produção agrícola o que atraiu outros lavradores.

De 1920 a 1930 construíram as primeiras casas de tijolos, cobertas de telhas. Fundaram várias casas comerciais, e com o lucro das vendas, compraram caminhões para transportes dos produtos agrícolas para os estados do Ceará, Paraíba, etc.

Nessas viagens de negócios, traziam mercadorias e novas famílias interessadas no desenvolvimento do lugar, o que resultou no desenvolvimento do povoado, que pertencia a comarca de Pastos Bons. Inicialmente o lugarejo foi chamado de Brejo devido ao clima chuvoso. Depois passou a se chamar Brejo dos Paraibanos, em virtude da quantidade de paraibanos ali instalados.

Em 1931, João Brito Lira (um dos filhos de Antônio Brito Lira) resolveu organizar uma feira, onde os moradores pudessem vender seus produtos. Isso contribuiu para o desenvolvimento local. Com a frequência nessas feiras de pessoas dos arredores e até mesmo da comarca de Pastos Bons, a família Brito Lira resolve em 1932, construir a primeira casa de 1 andar, hoje conhecida como Sobrado.

Em 1937, construíram a primeira capela para o padroeiro da cidade, a igrejinha de São Sebastião, exatamente onde ocorriam as feiras. Anos depois vem a construção da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e do Mercado Público em 1945.

Em 1952, o povoado Brejo dos Paraibanos, já estava idêntico a sua sede Pastos Bons, tendo inclusive um comércio superior. A população deseja que o povoado passe a elevar-se como cidade.

Começa então um movimento, encabeçado por Antônio Diniz Barros e Guilhermino Brito Lira, que conseguem um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas que foi apresentado ao Deputado Antônio Gonçalo Moreira Lima, que elaborou e apresentou o projeto à Assembléia Legislativa, acrescentado, que se aprovado o povoado se chamaria Paraibano, em homenagem aos seus fundadores.

Em 30 de dezembro de 1952, pela Lei 841, foi criado o município de Paraibano e instalado solenemente em 1º de Janeiro de 1953. No dia 6 de Janeiro de 1953, foi nomeado pelo governo estadual, o primeiro governo do município de Paraibano, o senhor José Brito Lira (filho de Guilhermino Brito Lira).

Desmembrado de Pastos Bons, Paraibano teve sua primeira eleição no ano de 1954 (com 2.000 votos) sendo vitorioso Nicéias Mendes Vieira, que foi empossado em 31 de janeiro de 1955,faleceu meses depois sendo substituído pelo vice-prefeito Antonio Ribeiro.

Dados Históricos:Prof. Sulamita Ribeiro

domingo, 24 de maio de 2020

FLOR NEGRA





Por MAGNO HOLANDA



[... a flor negra por trás da escuridão...
Por trás do monte,,, na noite acalentada...
Em meio aos cânticos noturnos, estrelados e góticos!


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...] a flor da noite, escura, majestosa, canta...
Canta... os arrepios do fim da vida..., da existência,
Sim, em sua esplendorosa complacência dos humanos....

...aquele lugar seco, destemido, encerrado,... inspira...[
A fuga para a vida..., anima para a existência,,, à aqueles que respiram..., ainda aspiram...


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[...a flor da noite...]

Deitado, abraçado ao chão quente, destruído...
O humano, na noite escura, desafia a si mesmo...
[... na mente, sem consciência...]
... na autodestruição de si – na respiração da flor negra, numa noite de escuridão...]


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domingo, 5 de abril de 2020

!... EU E O TEMPO...!




Por MAGNO HOLANDA


...[...eu e o Tempo!...!...!]
O tempo! Ah, o tempo!
...que nos conduz a eternidade à ...,
... que nos torna finitos.


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                                             ..............................................
................................ sim, o tempo que marca uma forma! Disforma! Multiforma..................!
                                               .....................................................
Agora, o tempo, no tempo transforma,,,,,, a forma do tempo!

,,, -ànão, não sei mesmo as formas diversas e múltiplas que o tempo me reserva...!
                                             ......................................................
............................................................. só sei que a eternidade me espera, ansiosa........
                                            ...findando minha forma e vida finita!

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domingo, 1 de março de 2020

ÀS VEZES...!




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Por MAGNO HOLANDA


Às vezes sou o que sou,
 ... às vezes sou o que tento ser,
 ... às vezes sou o que posso ser,
 ... às vezes sou o que me resta ser,
 ... às vezes sou o que me mandam ser,
 ... às vezes sou e não sou,
 ... às vezes sou engano, às vezes sou dentro ou fora, dentro e fora,
 ... às vezes sou deus,
 ... às vezes sou verme eufêmico,
 ... às vezes sou a morte,
 ... às vezes sou a vida que se autoconsome,
 ... às vezes... infinitamente.... às vezes..................................

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