sábado, 2 de dezembro de 2017

POEMA: PERNA PRETA





... ela estava ali diante da cerca..., fugidia!
... sentada ao chão quente, desnudo!!!
, com seu bebê ao colo!
        ,...........,
Dera a vida a ele...!
Dera a vida por ele, faminto,...!
Ela gritava: “pena que não comes minha carne, pois te daria de bom grado”
A negra sentada ao chão quente, desnuda!
Ela estava do lado de lá da cerca, eu, de cá! ..., olhando-a!
........................................................................, sem nada poder fazer!
Ela, ..............................., sangrando nos pés descalços, negros, cortados pela cerca de arame!
Ela,................................, derramava seu sangue preto e suas lágrimas tristes............................!
Numa pura denúncia da escuridão da alma humana, desumana!
..................................................... lágrimas escorridas sobre uma criança morta, ...., mais livre que a mãe. Agora, libertou-se dos desumanos!


Por MAGNO HOLANDA

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