sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

SOPHIA: Um amor de um breve momento





Por MAGNO HOLANDA



     ... era meia noite quando Joseph encontrou um moribundo, bêbado e caído numa rua, se é que posso chamar assim aquele beco, esquisito, com pouca iluminação e com muitos traficantes ao redor. Foi constrangido pelo sentimento cristão a ajudá-lo e passaram a noite juntos, dialogando. Naquele belo amanhecer de domingo lúcido, ambos estavam trocando ideias quando Joseph resolveu retornar ao seu passado e, logo começou a revelar o ocorrido:

     -- Estava voltando, tranquilo e com muita paz no coração, duma reunião religiosa quando me deparei com dois homens atacando e golpeando com uma faca e um punhal a minha mãe e minha irmã Adelaide...
     -- mas qual foi sua reação?
     --Não sei bem, porque ceguei na hora. Corri em direção a eles e um deles conseguiu fugir, mas o outro, nervosamente, eu o espedacei todo. Não sei... uma fúria me tomou o corpo, a alma e o espírito, então só parei quando não havia pedaço algum inteiro.
     -- E sua mãe e irmã? O que aconteceu?Você lembra do outro que fugiu?
    -- Elas eram a única família que tinha: minha mãe, Olga, e minha irmã, Adelaide. Quando as pessoas começaram a formar a multidão, saí desesperado, amedrontado, culpado, melado, chorado e ensanguentado. Corria sem rumo, sem direção numa fuga irritante e miserável em busca do nada. Agindo sem pensar e apenas no instinto.
     -- Como você teve coragem de fazer isso com ele? Você foi muito mau!!!
    -- Não sei. Mas o que você faria em meu lugar? Poxa!!! Bento, elas foram estupradas cara. Isso não se faz.
    -- hum!
   -- O pior é que estou sem casa e sem família, fugitivo. No Brasil é assim. se matar um bandido, somos caçados como quem matou gente; estou morando na rua e tenho muito pouco dinheiro.
   -- Cara, acho que posso te ajudar. Lá onde moro tem um quartinho que está desocupado e pertence a uma mulher bondosa e cristã que poderá deixar bem barato pra você. Ei, você vai ver: ela e a filha dela são duas gostosas.


    Bento e Joseph saíram caminhando em direção aos quartinhos de aluguel num vilarejo um pouco distante. De repente, ao passar numa praça onde havia uma apresentação circense, esbarraram-se com dona Maria e sua filha Sofia.  Joseph ficou radiante e incrédulo  diante de uma Cleópatra. O idealismo romântico sobreveio ao ser de Sofia que convenceu a sua mãe a fazer o aluguel para Joseph e, logo em seguida, deixou a todos na praça e começou a caminhar em direção a sua casa. Os olhos de Joseph não desgrudavam das nádegas fofas cobertas por um manto vermelho e que o excitava por completo tirando-lhe a razão. Sofia era encantadora, branca, pernas indecifráveis, olhos castanhos penetráveis em uma face de um anjo, que lhe tirava a pureza.

     Dias se passaram naquele esconderijo escuro, úmido e fantasioso, até que vieram as noites e, de repente, surgiu Sofia transpirante, nervosa e silenciosa com a mesma saia vermelha excitante e, trocaram seus fluídos, sentidos, ejaculações e... seus gemidos eram ouvidos pelas paredes que se excitavam vendo a beleza nua de suas nádegas. Bento silencioso tentou penetrar em Joseph com uma faca, mas Joseph sempre hábil, armado e furioso espedaçou seu amigo Bento como se fosse um inimigo. Quando olhou nos bolsos ensanguentados de Bento, encontrara os objetos pertencentes a sua mãe e uma carta de amor que iria entregar naquela momento à sua Afrodite, Sofia, ... quando de repente uma faca entrou em meu coração, acertando no amor que sentia e escorreu junto com o sangue pela boca beijada por Sofia.  


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