quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O HOMEM DA MOTO PRETA







Por MAGNO HOLANDA

     Em uma linda noite de luar cristão, onde muitos falavam suas alegrias e outros suas tristezas, de repente, aparece diante de mim aquela que tanto me encantou um dia. Não apenas eu fui ao seu encontro preso por um olhar simples, mas também outro jovem que já a amava ferozmente, sem ser correspondido.

     Aquele momento pra mim foi sem igual, pois ela mexeu comigo, flertou comigo, mas de repente, do nada, cai uma tempestade que trouxe consigo destruição daquele momento de olhares. Fui seguindo-a de longe e vi quando escorregou e foi arrastada pelas águas. Quando então fui para socorrê-la..., socorrer-me, ela me rejeita e a principio não aceita a minha ajuda. Apenas disse que não queria que a perseguisse e que estava apenas um pouco machucada, mas, bem.

     Observo adiante e vejo que, em meio àquela tempestade escura e confusa, está ao longe nos observando e buzinando altamente um motoqueiro de preto. Em meio às ruas tempestuosas e escuras, mesmo contra sua vontade, tomei o anjo feminino em meus braços, deixando para trás aquele jovem que a amava. Enquanto isso o motoqueiro sumia...

     E fui indo e andando e encantando-me e assombrando-me. Desci com a menina Ramada por meio daquelas águas,  e meus pensamentos era assim como o Espírito de Deus que pairava sobre as águas. Sim, estava tão encantado, com os olhos, com as nádegas, com a fervura dos desejos que não conseguia ver as dificuldades daquela tentativa de relacionamento, apenas sentia a emoção de estar ao lado dela.

     Chegando ao fim daquelas ruas escuras, vi que o motoqueiro estava lá ao longe nos olhando e quando me voltei para o anjo da Ramadinha, ela já não estava comigo, deixara-me a falar só. Prosseguia sua jornada. Fui andando na sua direção, persistente, teimoso, enfeitiçado como o outro, tentando alcançá-la, mas sem perceber gesto que me correspondesse, não quis obedecer às ordens de um cérebro dominado pelo encanto de mulher. Parei e consegui perceber que aquele motoqueiro, em momento algum havia nos deixado sós.
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     Houve um momento em que aquilo me cansou, pois já não sentia nenhuma correspondência de olhar. Fi apenas um flerte dela. Depois de anos soube que ela entrou por caminhos escuros que eu jamais iria andar. Apenas olhei com tristeza. Soube que o motoqueiro, amante, continuou a segui-la por todos os seus caminhos e ambos sumiam na imensidão do tempo.


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