........... estava
ali naquele lugar quente, meio desolado, num domingo ao meio dia. As pessoas
haviam sido abduzidas para dentro de casa. Parece que ninguém podia sair, ....
, mas os desbravadores eram incansáveis, sempre á procura da sorte....
Naqueles dias, pulamos o muro da panificadora
Carnaúba, de onde nos alegrávamos com as compras indevidas através de bilhetes
que pegávamos no chão, que o diga Susú de Bau. Subimos por sobre as madeiras
para queimar no fogaréu dos pães. Estava tudo fechado, mas mesmo assim o
coração palpitava de medo.
... quando de
repente, eu o vi, estava li jogado entre as madeiras. Parecia coisa de destino,
nem mesmo sei como consegui vê-lo. Foi muito trabalho para resgatá-lo. Quando o
peguei, sem correias, vi que estava funcionando perfeitamente. Era bonito e
moderno. Saí emocionado para casa, parecia ter encontrado o tesouro dos
piratas. Coisa de criança.
...chegando em
casa, deparo-me com Geraldo Fantasia, que ao avistar o relógio, se propôs rapidamente
a comprar e colocar as correias para mim. Fiquei meio desconfiado. Ele nunca
havida me dado nada e muito menos sem pedir. Mas vamos lá dar um voto de
confiança ao véi.
.... foi a última
vez que vi meu tesouro, sim aquele relógio Casio, encontrado nos escombros de
paus da carnaúba. Não parei para chorar, pois Fantasia mal parava em casa para
ver nossas lágrimas. Chorar para quem...?
Não era apenas um
relógio. Era um significado..., era uma magia,..., era coisa de
criança..................................., que se foi! Quero meu relógio de
volta!
MAGNO HOLANDA